quinta-feira, 7 de maio de 2015

AOS 20 E POUCO

Cada vez menos jovens brasileiros sabem o que fazer da vida na fase do início da vida adulta

Tenho 22 anos e ainda não conquistei nada na minha vida. Acho que isso é comum com jovens adultos de vinte e poucos anos no Brasil. Acredito que em outros países  seja diferente. Nos Estados Unidos é comum se “libertar” dos pais mais cedo, pois quando o jovem vai para faculdade, ele geralmente mora sozinho, arranja um emprego para se manter, etc.

Uma vez eu ouvi uma amiga minha que veio de Governador Valadares – MG dizer que lá é comum o jovem saber que vai sair de casa quando entrar na Universidade, pois as Faculdades são longe. Não sei se o pensamento é esse. Só sei que todo mundo com vinte e poucos anos que eu conheço que moram no Rio de Janeiro, ainda mora com os pais. Conheço pessoas que aos trinta e poucos ainda moravam com os pais. Acho que faz parte da nossa cultura. Talvez sair da casa dos pais somente quando se casar. Porque afinal a vida é dura longe deles, tem que arrumar tempo para cuidar da casa, da comida, da roupa suja... Isso sem contar os gastos que tem que ter.

Voltando a falar da minha vida, obviamente moro com meus pais. E gosto muito. Porque eles sempre me deram a liberdade que eu precisei ter e ainda me dão tudo àquilo que eu falei ali em cima, de graça. Mas não é isso o que me assusta. Tenho medo do meu futuro profissional, tenho a impressão que com 22 anos já deveria estar encaminhada. Faço faculdade de jornalismo, estou no 5º período e nunca trabalhei na minha área. Conheço pessoas na mesma situação que eu. Isso me incomoda. Às vezes acho que já estou até velha para “começar”. Fico tão confusa, parece que não tenho para onde correr.  Hoje, para a maioria, o que importa é ganhar dinheiro. Ser feliz fica para segundo plano. Ou então, acreditam que para ser feliz, tem que ter dinheiro.  E cada vez mais eu me pergunto: Como vai ser minha vida no futuro? O que eu realmente quero fazer da vida? 


Tenho certeza que não sou só eu que tenho esses questionamentos. Acredito que a maioria dos jovens de vinte e poucos se perguntam isso com frequência. Pedro Bial dizia: “Não se sinta culpado por não saber o que fazer da vida. As pessoas mais interessantes que eu conheço não sabiam aos vinte e dois, o que queriam fazer da vida. Alguns dos quarentões mais interessantes que eu conheço ainda não sabem.” Não sei se isso me tranquiliza ou me preocupa mais. Só sei que vou ter que viver um dia de cada vez até descobrir. E que me preocupar não vai adiantar nada. Então, vou vivendo sem me importar! À procura de sempre ser feliz! J

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